Centenária dá sua receita: espontaneidade, dieta severa e trabalho

Hideko Arima é um exemplo vivo da longevidade japonesa. Nascida em 15 de maio de 1902, até hoje trabalha todos os dias da semana. Durante o dia, o expediente é em casa e à noite ela dá duro em seu bar no sofisticado bairro de Ginza.
Seu café da manhã, às 6h, é leite, ovo cru, natto (soja fermentada) com negi (cebolinha), tsukemono e, “quando tem”, tomate. Às 10h, toma chá-verde com umeboshi (conserva de ameixa japonesa). De tarde, às 15h, almoça um onigiri (de ovas ou salmão) ou um sanduíche natural, comprados em lojas de conveniência. Antes dos 90 anos, ela se alimentava na maneira tradicional japonesa, comendo peixe, arroz, misoshiro, algas, tofu…
Em casa, Hideko cuida da contabilidade de seu bar e dos afazeres domésticos, sem depender de ninguém. Por volta das 18h30, se arruma para o trabalho no bar Gilbey A, inaugurado por ela mesma em 1951. Além de recepcionar os clientes um por um, ela conversa e dá conselho para todos. “Tem que agir sempre naturalmente, ser do jeito que você é, e fazer o que gosta”, diz a idosa, repetindo o que ela costuma indicar nas muitas vezes em que seu conselho é solicitado. Essa é a lição que Hideko tirou da vida já há décadas. E é daí, acredita, que vem sua saúde.
Agora você acha que aguentaria aqui no Brasil conseguir ter todos os dias uma refeição à esse alcance?



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